A importância de lubrificantes adequados para alimentos

A lubrificação ideal é uma consideração crítica em qualquer processo de produção. Na produção de alimentos e bebidas especificamente, um equilíbrio deve ser alcançado; lubrificação de máquinas e segurança alimentar são importantes. Embora as máquinas precisem ser lubrificadas para operações suaves, deve-se tomar cuidado para evitar contaminação química. O uso de lubrificantes de grau alimentício – e de forma correta – é uma forma de mitigar a contaminação de alimentos resultante do contato químico. Lubrificantes de grau alimentício são feitos com estoques básicos e aditivos que são seguros para uso em áreas de processamento de alimentos. A National Sanitation Foundation (NSF) International (A NSF é uma organização de teste, inspeção e certificação de produtos com sede em Ann Arbor, Michigan. ) registra uma ampla gama de compostos químicos usados ​​em produtos, incluindo lubrificantes, que atendem às principais diretrizes regionais e globais de segurança alimentar, bem como às regulamentações do setor.

As marcas de registro da NSF costumam ser uma das poucas aceitas por empresas de alimentos e bebidas em todo o mundo. O registro NSF demonstra que um lubrificante está alinhado com as práticas de segurança alimentar adotadas pelas agências reguladoras globais.

Então, quais são os programas de conformidade da NSF para lubrificantes de grau alimentício e por que eles são importantes?

Registros e Certificações

Qualidade e pureza são de extrema importância em uma linha de produção de alimentos e bebidas, e a NSF possui vários registros baseados no NSF White Book (Reconhecido internacionalmente e usado por fabricantes de produtos, processadores de alimentos e reguladores, o NSF White Book™ é um banco de dados interativo de produtos que passaram pelo processo de registro completo da NSF International). Esses registros abordam o nível de contato que um lubrificante pode ter com alimentos e o nível de risco associado a cada um. Eles incluem lubrificantes 3H, H1, H2 e H3.

Lubrificantes 3H: São lubrificantes de contato direto. Esses lubrificantes são produzidos com estoques de base aprovados para uso pela United States Pharmacopeia (USP) (United States Pharmacopeia é uma farmacopeia , uma organização sem fins lucrativos detentora da marca registrada e dos direitos autorais localizada nos Estados Unidos) e National Formulary (NF). (é uma combinação de dois compêndios, a Farmacopeia dos Estados Unidos (USP) e o Formulário Nacional)

Lubrificantes H1: Formulados com aditivos aprovados HX-1, são para aplicações de contato incidental.

Lubrificantes H2: Só pode ser usado em partes de instalações de processamento de alimentos e bebidas onde não há possibilidade de o lubrificante entrar em contato com alimentos.

Lubrificantes H3: São óleos solúveis usados ​​para limpar e prevenir ferrugem em equipamentos de processamento de alimentos durante o armazenamento. Esses lubrificantes devem ser removidos antes do uso do equipamento.

A NSF também certifica (e lista online) produtos que atendem aos padrões ISO 21469 para lubrificantes de grau alimentício. A ISO 21469 é um avanço em relação aos registros H1, pois vai além de formulações e ingredientes e inclui controle de qualidade e avaliações de risco. As diretrizes para substâncias permitidas usadas na formulação de lubrificantes de grau alimentício estão contidas no Código de Regulamentações Federais (CFR) Título 21. Os lubrificantes de grau alimentício devem ser formulados para atender ao FDA 21 CFR 178.3570.

O uso de um lubrificante de grau alimentício também pode ser uma parte proativa do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP) de uma planta. O HACCP é um sistema baseado na ciência que visa controlar os riscos de segurança alimentar dentro da planta como forma de mitigar o risco de contaminação dos alimentos. Uma certificação HACCP é altamente recomendada, pois demonstra um compromisso com a segurança alimentar desde a colheita até o consumo. Programas de pré-requisitos, como as Boas Práticas de Fabricação Atuais (cGMP), são necessários para uma certificação HACCP. Os programas de pré-requisitos são voltados para garantir que as condições ambientais e operacionais necessárias sejam cumpridas em um ambiente de produção de alimentos.

O HACCP baseia-se em sete princípios básicos:

• • Análise perigosa
  • Identificação de Pontos Críticos de Controle (PCCs)
  • Estabelecendo limites críticos
  • Procedimentos de monitoramento
  • Ações corretivas
  • Procedimentos de verificação
  • Procedimentos de registro e documentação

As instalações de melhores práticas criam e mantêm um plano HACCP abrangente. Algumas instalações de processamento de alimentos também implementaram a codificação por cores como parte de seu plano HACCP. Um sistema de codificação de cores também ajuda a reduzir as misturas de produtos em um ambiente diversificado e multilíngue.

 

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Os lubrificantes 3H de contato direto são usados ​​como agentes desmoldantes em assadeiras, divisores de massa, cortadores, facas, bandejas, grelhas, panelas, ganchos e outros equipamentos de processamento de alimentos. Os lubrificantes também podem ser usados ​​como revestimento de ovos, frutas e vegetais e como agente antiespumante. Os lubrificantes 3H também são usados ​​como flutuadores para proteger a superfície do vinho e do vinagre da exposição ao ar e como agente de controle de poeira de grãos.

Os lubrificantes H1 desempenham as mesmas funções básicas que os lubrificantes convencionais, mantendo a conformidade com os regulamentos de segurança alimentar. Dependendo da aplicação de uso, os lubrificantes de grau alimentício H1 são formulados para fornecer proteção contra ferrugem, desgaste e corrosão. Propriedades de extrema pressão e estabilidade à oxidação são exemplos de características que podem ser encontradas em lubrificantes de grau alimentício H1. Esses lubrificantes também devem manter a compatibilidade com elastômeros comumente usados ​​em vedações. Os lubrificantes H1 podem ser usados ​​como agentes antiferrugem ou desmoldantes em juntas e vedações. Fluidos hidráulicos de grau alimentício, graxas e lubrificantes de engrenagens são lubrificantes H1 comuns usados ​​em instalações de processamento de alimentos.

Armazenamento e manuseio adequados

Adotar o armazenamento e manuseio adequados de lubrificantes de grau alimentício é outro método para ajudar a evitar a contaminação cruzada. Lubrificantes de grau alimentício devem ser devidamente identificados. É uma prática recomendada manter os lubrificantes de grau alimentício em armazenamento separado, longe de lubrificantes não alimentícios. Separar os lubrificantes de grau alimentício dos lubrificantes convencionais não alimentícios também reduz a contaminação potencial do lubrificante. As diretrizes de vida útil e armazenamento podem ser obtidas com o fabricante do lubrificante. Geralmente, os lubrificantes de grau alimentício devem sempre ser armazenados em um ambiente fresco e seco. Os aditivos e ingredientes usados ​​para formular o produto determinarão a vida útil do lubrificante.

As instalações de lubrificantes devem garantir que os lubrificantes sejam devidamente rotulados. A rotulagem adequada e as fichas de dados de segurança de fácil acesso suportam o manuseio e uso corretos do produto. Como medida de segurança adicional, as instalações também podem separar recipientes, dispensadores e aplicadores designados para lubrificantes de grau alimentício.

Conclusão

É importante saber identificar os lubrificantes de grau alimentício, seus diferentes usos nas áreas de processamento de alimentos, procedimentos de armazenamento e manuseio e onde eles se encaixam no plano HACCP de uma fábrica. Os lubrificantes de grau alimentício são formulados especificamente para garantir a lubrificação ideal das máquinas, minimizando o risco de contaminação cruzada do lubrificante.

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Por Noria Corporation. Traduzido pela equipe técnica da Noria Brasil.