Causas da baixa pressão do óleo nos motores

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A pressão do óleo é um dos parâmetros mais importantes em um motor. Quando a luz de pressão do óleo do seu veículo acende ou o medidor de pressão relata uma leitura abaixo do normal, isso pode sinalizar um grande problema.

Infelizmente, você não saberá se o problema é sério, então a melhor ação é simplesmente desligar o motor. Para ajudar a fornecer uma melhor compreensão da pressão do óleo do motor, este artigo explorará as possíveis causas da baixa pressão e as maneiras mais eficazes de remediá-la.

Razões para a baixa pressão do óleo

A pressão do óleo em um motor pode ser baixa por vários motivos. Quando o manômetro detectar baixa pressão, esteja ciente de que pode ser algo sério ou apenas uma leitura imprecisa. De qualquer forma, ajuda a entender algumas das causas mais comuns:

Óleo insuficiente no motor

Mesmo que a quantidade correta tenha sido adicionada durante uma troca de óleo, o fluido pode ser consumido indevidamente devido à evaporação, queima causada por anéis de pistão desgastados e vazamentos através das vedações ou tambor de óleo. O consumo aumenta à medida que o motor envelhece, portanto, verificar o nível e reabastecer pode ser uma solução simples. No entanto, se houver vazamentos evidentes fora do motor ou gotas de óleo no piso, o componente com vazamento deve ser consertado o mais rápido possível.

Quando um motor é velho, ele vai queimar mais óleo. Se o motor consome um litro de óleo a cada 2.000 quilômetros, é necessária uma revisão. Caso o intervalo de troca for estendido demais, o nível do lubrificante pode estar bastante baixo, mesmo que o motor não seja muito antigo. Portanto, siga os intervalos de troca adequados e verifique periodicamente.

As inspeções e ações correspondentes para baixa pressão de óleo em um motor.

Viscosidade muito alta ou baixa

Quando a viscosidade do óleo é muito alta ou baixa, pode ser detectada como uma perda de pressão no suprimento de lubrificante para o motor. A baixa fluidez do óleo gera menos resistência ao fluxo através do sistema, o que é traduzido como pressão mais baixa pelo manômetro ou sensor.

A fluidez muito alta pode produzir maior resistência do óleo bombeado, levando à falta de lubrificação do sistema e, consequentemente, à diminuição da pressão.

Em um motor, a viscosidade do fluido é influenciada pela do lubrificante original, as temperaturas de operação, a quebra dos aditivos de melhoria do índice de escoamento e a presença de contaminantes como glicol e fuligem. O manual do motor ou do carro deve especificar os graus recomendados de acordo com o projeto do equipamento e as temperaturas ambientes onde o veículo operará.

Uma seleção de fluidez mais alta pode ser uma preocupação, principalmente para partidas do motor em clima frio. Em temperaturas extremamente baixas, você não apenas deve escolher a viscosidade correta do lubrificante, mas também pode precisar usar um sistema de aquecimento de óleo.

Uma fluidez mais lenta pode ser o resultado de uma variedade de fatores, como diluição do combustível, seleção incorreta da viscosidade do lubrificante ou temperaturas excessivas devido à sobrecarga ou falha no sistema de refrigeração.

Baixa pressão aparente

Alguns fabricantes de lubrificantes produzem óleos com uma viscosidade mais baixa que ainda está dentro da faixa do grau SAE (Society of Automotive Engineers, instituição responsável por padronizar e classificar a viscosidade dos óleos lubrificantes automotivos.).

Uma viscosidade mais baixa oferece melhor fluidez através dos sistemas de lubrificação, mas pode resultar em pressão mais baixa no manômetro. Se a pressão estiver dentro da faixa normal, não há motivo para preocupação. Você pode descobrir que alguns lubrificantes produzem pressões mais altas do que outros.

Desgaste do motor

Se o nível de óleo na vareta estiver entre a marca de nível mínimo e a marca de cheio, uma possível causa de baixa pressão seria rolamentos do motor desgastados, especialmente se o motor tiver quilometragem muito alta. O desgaste excessivo reduz a restrição de fluxo original, o que consequentemente diminui a pressão. Se este for o caso, o motor provavelmente precisará ser retificado ou substituído.

Medidor de pressão de óleo com defeito

Se a luz de advertência da pressão do óleo acender, mas você confirmou que o nível está correto e o motor está funcionando normalmente, sem ruídos incomuns ou altas temperaturas, o problema pode ser um sensor defeituoso.

Você pode testar a pressão com um medidor. Se a estiver normal, basta substituir o sensor de pressão. No entanto, se a luz de advertência ou a leitura baixa do medidor continuar após a substituição do sensor, o problema provavelmente é uma bomba de óleo ruim.

Desgaste da bomba

Se o nível de óleo na vareta estiver entre a marca de nível mínimo e a marca de cheio, mas o motor apresentar ruídos atípicos, a bomba pode estar gasta, o que a torna incapaz de gerar a pressão necessária, devido a vazamentos internos. Pare o motor até que o problema possa ser corrigido. Será necessária a substituição da bomba.

Filtro plugado

Em um sistema de lubrificação, o manômetro é instalado após o filtro. Se o filtro ficar entupido com contaminantes e a válvula de desvio não funcionar corretamente, isso pode levar à falta de lubrificante.

Um filtro entupido pode ser, provavelmente, o resultado de um excesso de óleo. Também pode ser causado por contaminação por água e/ou fuligem. A água normalmente vem de um vazamento no sistema de resfriamento, enquanto a fuligem excessiva pode ser o resultado de uma combustão ruim. Se a válvula de desvio não estiver funcionando corretamente, um filtro defeituoso pode ser o culpado.

Reduzindo o risco de baixa pressão do óleo

Para reduzir o risco de baixa pressão de óleo em seu motor, troque o fluido e o filtro nos intervalos corretos. Além disso, use lubrificantes de alta qualidade, incluindo o grau de viscosidade correto e o padrão de qualidade apropriado, especificados pelo Instituto Americano de Petróleo (API, American Petroleum Institute) no manual do motor/carro.

Certifique-se de verificar o nível de óleo periodicamente e inspecionar seu motor (incluindo o chão da garagem) quanto a vazamentos. Além disso, observe a emissão de fumaça azul do escapamento, principalmente com motores de alta quilometragem.

Não dirija seu carro se o sensor de pressão estiver ligado e você não souber qual é o problema. Para frotas, empregar a análise para determinar condição do óleo e das máquinas será a melhor estratégia preditiva e/ou proativa.

Por que a pressão do óleo é importante?

O sistema de lubrificação de um motor é essencialmente formado pela bomba, filtro de óleo, linhas de lubrificação e ferragens. A pressão no sistema é gerada pela resistência que o fluido deve ter para atingir os componentes lubrificados. Uma bomba é usada para forçar o lubrificante através do sistema. Quando um motor está no estágio de projeto, a bomba é projetada para gerar a pressão e o fluxo necessários para permitir que o lubrificante circule até o componente mais remoto.

Quando a pressão está baixa, indica que algo não está funcionando corretamente. Isso também significa que provavelmente não há lubrificante suficiente se movendo pelo sistema. Tenha em mente que a falta de lubrificante levará ao contato entre metais e à falha da máquina . Dependendo da gravidade da situação, um motor pode falhar em algumas horas ou mesmo em alguns minutos. O reparo também pode ser caro, com a maior parte do motor precisando ser substituída.

Impacto da viscosidade

O visco afeta a pressão do óleo. Se você o derramá-lo em uma superfície inclinada, ele fluirá para baixo devido à força da gravidade. Quanto maior a aderência, mais lento o lubrificante fluirá. A viscosidade do lubrificante varia com a temperatura, diminuindo quando a temperatura aumenta e aumentando quando a temperatura cai. Portanto, a viscosidade do óleo do motor dependerá da temperatura ambiente durante a partida, bem como de sua temperatura normal de operação.

Existem duas maneiras comuns de medir a viscosidade: a primeira envolve permitir que o óleo flua através de um tubo capilar e registrar a quantidade de tempo que leva para transcorrer de um ponto a outro; a segunda é a possibilidade de medição ao colocar o lubrificante em um copo calibrado e mexendo. Quanto maior a aderência, mais difícil será a agitação. Essa resistência é calculada por um torquímetro de laboratório. Os testes são realizados em temperaturas precisas para resultados consistentes.

A maioria dos proprietários de veículos está familiarizada com os graus de viscosidade desenvolvidos pela SAE International, como SAE 30, SAE 40 etc. Esses padrões, baseados nos sistemas de medição descritos acima, simplificam o processo de seleção do lubrificante certo para o seu motor. Um grau SAE, como SAE 40, não possui um valor de viscosidade único.

Em vez disso, denota uma faixa de aderência com um limite mínimo e máximo. Os fabricantes de lubrificantes têm a liberdade de formular seus fluidos dentro da faixa de viscosidade aceita para um grau específico. Os graus SAE que contêm um “W” referem-se à viscosidade do lubrificante e capacidade de bombeamento em baixas temperaturas de partida. Lubrificantes sem a designação “W” podem ser muito espessos durante as baixas temperaturas.


Por Noria Corporation. Traduzido pela equipe técnica da Noria Brasil.

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