Lubrificação Orientada por Dados: Aumentando a Eficiência por meio da Tecnologia de Trabalhador Conectado

É difícil abrir uma publicação da indústria e não ler sobre a Internet Industrial das Coisas (IIoT), análise avançada e trabalhadores conectados. Embora essa tecnologia e seu potencial sejam empolgantes, muitas empresas não possuem os recursos para uma transformação digital completa e continuarão usando equipamentos antigos por anos.

No entanto, a digitalização e os trabalhadores conectados não precisam ser uma discussão tudo ou nada. A tecnologia disponível permite que as empresas façam investimentos menores enquanto obtêm benefícios tangíveis. Neste artigo, vamos explorar maneiras pelas quais as empresas podem aprimorar práticas críticas de lubrificação usando trabalhadores conectados e IIoT para aumentar a vida útil dos ativos, reduzir falhas e melhorar a segurança.

1 – Monitoramento da qualidade da lubrificação

As organizações podem começar de forma gradual com a tecnologia conectada, implementando redes sem fio e selecionando sensores IIoT para monitorar apenas seus equipamentos mais críticos em tempo quase real. Busque aplicações que exijam investimento mínimo, com fácil implementação, mas com retornos financeiros significativos.

Muitas empresas oferecem sensores comerciais prontos para uso (COTS), robustos e miniaturizados, para monitorar níveis de fluido, fluxo e diferencial de pressão. Os dados coletados proporcionam vários benefícios. As equipes de serviço podem garantir que as quantidades de lubrificante sejam suficientes para a operação contínua do equipamento sem inspeção física, e as equipes de manutenção podem monitorar tendências que possam indicar válvulas de alívio de pressão mal assentadas, filtros entupidos ou bombas em desvio. As informações coletadas também se tornam parte do registro em serviço, comprovando as práticas corretas de lubrificação no caso de reclamações de garantia por mau funcionamento do equipamento.

Sensores ultrassônicos podem ser instalados para alertar sobre o aumento do atrito nos elementos rolantes, permitindo que as plantas programem a lubrificação ou intervenção de manutenção de forma proativa. Garantir o funcionamento ideal dos rolamentos reduz o desgaste, aumenta a vida útil do ativo e reduz o consumo de energia, melhorando a disponibilidade do equipamento e reduzindo os custos operacionais.

Os respiradores dessecantes conectados podem indicar o momento preciso em que um respirador precisa ser trocado, garantindo que você não substitua um respirador muito cedo, o que custa dinheiro, ou muito tarde, afetando a qualidade do lubrificante. Com muitos respiradores em locais remotos ou de difícil acesso nos equipamentos em operação, os respiradores conectados também diminuem o risco de lesões aos técnicos.

Mais recentemente, estão surgindo sensores para monitorar a limpeza dos fluidos usando tecnologias de laser, diferencial de pressão ou processamento de imagem. Embora esses sensores ainda não se equiparem à análise laboratorial, seus dados complementam um programa de análise de óleo ao ajudar a iniciar inspeções oportunas, tarefas de filtragem ou processos de remoção de água.

2 – Análise das condições dos lubrificantes

A análise laboratorial de lubrificantes é o padrão ouro para entender a condição dos lubrificantes e dos ativos que eles protegem. No entanto, essa análise leva tempo, é cara e o processo de coleta pode introduzir contaminantes. Além disso, ela não garante que a amostra represente todo o fluido.

A tecnologia avançou o suficiente para permitir a análise em tempo real dos óleos usando sensores em linha. Embora ainda seja uma novidade que requer mais testes, sensores em miniatura utilizam técnicas como capacitância, fluxo magnético, espectroscopia infravermelha e de raios-X para medir a contaminação e a degradação do fluido em tempo real, alertando sobre falhas iminentes ou acionando tarefas de manutenção e ajustes operacionais.

Após a análise do lubrificante, a análise dos dados é o próximo passo. Com uma abundância de dados e à medida que a estratégia de trabalhadores conectados de uma organização se torna mais sofisticada ou difundida, é possível usar os dados coletados pelos sensores para mais do que ajustes operacionais e tarefas de manutenção.

Dados baseados em nuvem, análise e apresentação podem informar a tomada de decisões táticas por meio de painéis de controle em tempo real e monitoramento de indicadores-chave de desempenho (KPIs). Tornar essas informações amplamente disponíveis melhora a comunicação e a transferência de conhecimento em toda a empresa, pois todos podem visualizar as mesmas informações.

As informações sobre a eficácia das estratégias de manutenção, o resultado de testes de lubrificação, o aumento do consumo de energia e o impacto das mudanças nos regimes de manutenção estão disponíveis para informar o pessoal conectado, garantir responsabilidade e iniciar ações. O acesso aos dados é independente do dispositivo, o que significa que pessoal dentro da fábrica, remoto ou internacional pode acessar as informações onde quer que usem seus dispositivos móveis.

3 – Otimização da intervenção na manutenção

O conhecimento e a análise são importantes, mas não significam nada se não resultarem em tomada de decisão baseada em dados e intervenção proativa. Um ambiente de trabalho conectado usando IIoT, aprendizado de máquina (ML) e inteligência artificial (IA) garante uma abordagem em camadas para intervenções na manutenção.

Na sua forma mais básica, a tecnologia de trabalhadores conectados pode sinalizar ativos que se afastam de uma faixa aceitável de características operacionais. Esses alertas ou avisos podem assumir várias formas, desde avisos sonoros ou visuais até e-mails ou mensagens de texto. Contextualmente relevantes, eles podem direcionar os trabalhadores mais qualificados para lidar com o problema ou aqueles que estão atualmente de plantão.

Respostas automatizadas também podem iniciar uma intervenção. Se um sensor ultrassônico registrar aumento de atrito em um rolamento, ele pode acionar um lubrificador de ponto único para fornecer uma medida calibrada de lubrificante, garantindo uma lubrificação ideal do rolamento e retornando os sinais ultrassônicos aos níveis anteriores ao alerta. Essa automação elimina a necessidade de intervenção humana, aborda o problema prontamente e evita a lubrificação excessiva ou insuficiente, que é desperdiçadora ou danosa.

Uma implementação avançada de plataforma conectada utiliza a tecnologia de realidade aumentada (AR) para auxiliar técnicos de serviço ou manutenção durante uma intervenção de manutenção. Óculos inteligentes, tablets, celulares ou fones de ouvido guiam os trabalhadores até o componente que requer atenção, usando dados sobrepostos à imagem do objeto. Parâmetros operacionais atuais podem ser transmitidos em tempo quase real, com listas de verificação, dados de manutenção e informações de tarefas disponíveis para seleção.

Considerações finais

As empresas não precisam se comprometer com investimentos extensivos em digitalização para acessar os benefícios da tecnologia de trabalhadores conectados. Começar de forma modesta e investir em sensores e monitoramento para tarefas de lubrificação em equipamentos críticos oferece benefícios imediatos, e uma implementação cuidadosa resulta em excelentes retornos sobre o investimento por meio do aumento da vida útil dos ativos e da confiabilidade dos equipamentos.

À medida que a tecnologia comprova seu valor, as organizações podem desenvolver estratégias de gerenciamento aprimoradas e práticas de lubrificação automatizada de forma incremental. A tecnologia conectada coloca o desempenho do equipamento, informações sobre lubrificação, dados do fabricante e soluções potenciais nas mãos dos trabalhadores da linha de frente, capacitando-os a tomar ações oportunas.

A tecnologia de manutenção está avançando a um ritmo impressionante. A tecnologia de trabalhadores conectados oferece às organizações de todos os tamanhos uma oportunidade real de minimizar gastos de capital e custos operacionais, ao mesmo tempo em que melhora a disponibilidade de equipamentos, a segurança e a vida útil dos ativos.